Diário de Bordo

Dia 23/11

A primeira parada do dia 23 de novembro de 2010 foi para observação do Buraco de Possidônio, onde percebemos a grande diferença de vegetação entre o ambiente fora e o de dentro do buraco. Essa diferença deve-se ao fato desse buraco ter se formado a partir de um desabamento do teto de uma caverna onde deveria ser úmido e por isso percebe-se uma vegetação de grande porte dentro contrastando com a caatinga fora.
Nesse mesmo dia visitamos o Morrão, que está situado a 1.293 m de altitude e apresenta formação Morro do Chapéu, percebemos um grande conjunto de vales e sua constituição rochosa enfatizando que ali um dia já foi mar. Sua vegetação é rupestres arbustivas, com grande variedade de bromélias e orquídeas, e apresenta ao entardecer um pôr do sol privilegiado.

Dia 24/11

O segundo dia teve como local de exploração a Gruta Cristal. Esta apresenta quatro cavidades denominadas Cristal I, Cristal II, Pé de Manga e Dolina (Buracão IV). A gruta Cristal I é a mais importante, com cerca de três quilômetros de extensão, com alturas que variam de menos de um metro a mais de 30. Os salões e galerias são completamente desprovidos de espeleotemas. Esta gruta não teve sua gênese vinculada a um fluxo d’água turbulento. Atualmente, as enxurradas são os principais agentes modeladores, depositando e movimentando sedimentos para o fundo da caverna. Gruta Cristal através de seus sedimentos guarda registros fósseis de vários animais.

Dia 25/11

Ao terceiro de viagem foi realizada a visita técnica à gruta dos Brejões.
A Gruta Brejões, localizada na latitude 11o00’42,7"S e longitude 41o25’59,6"W, apresenta 7.750 metros de extensão se tornou uma das mais expressivas grutas do Brasil. A entrada principal possui 60 metros de largura e 123 metros de altura, sendo o segundo maior portal de caverna do país, sendo ainda, considerada como um dos maiores sítios paleontológicos nacional.
Dela já foram retirados diversos registros fosseis, comprovando que a milhares de anos atrás, animais como a preguiças-gigante, tatus-gigante e mastodonte habitavam esta região. Estes registros encontram-se espalhados em alguns centros de pesquisas de todo país.
A 180 km da cidade de Morro do Chapéu, Brejões apresenta espeleotemas impressionantes que vão desde estalactites, estalagmites com até 12 metros de altura, cascatas de pedra, cortinas calcarias (ponto da caverna onde possui maior ventilação), colunas, clarabóias, uma imensa diversidade de salões e galerias, até lagos oriundos de brotamentos d’água do rio Jacaré. Neste alguns sortudos tiveram o prazer de desfrutar de suas águas geladas.
Observou-se também um cruzeiro e um altar repleto de imagens e oferendas, visto assim a representatividade religiosa desta caverna para os quilombolas que vivem em suas proximidades. Nesta caverna, dois espeleotemas chamam bastante atenção: o bolo de noiva, seu principal cartão de visitas e ainda o ponto bem interessante, por possui uma forte corrente de ar e sua a disposição calcária, foi batizada de cortina.

Dia 26/11

O último dia da viagem foi de puro lazer, onde após a saída do hotel no dirigimos a cidade para comprar lembranças para o “amigo ecológico”, então nos dirigimos para a cachoeira do Ferro Doido, onde tivemos um momento de descontração e pudemos ver de perto tão grande obra da natureza, uma pena que estávamos lá em uma época seca e não pudemos presenciar a queda da água, o que também não estragou a viagem, uma vez que a vista deste lugar era estonteante. Logo após partirmos para a cachoeira Domingo Lopes onde pudemos nos deleitar com um delicioso banho de rio.
Ao termino de todas estas atividades pegamos o rumo de volta a nossa “querida” Jequié.

Fósseis de primeiras plantas terrestres são encontradas na Argentina

Fósseis de algumas das primeiras plantas a migrar da água para a terra firme centenas de milhões de anos atrás foram encontrados na Argentina, dizem especialistas.
A descoberta sugere que a colonização da terra por plantas teria ocorrido dez milhões de anos antes do que os cientistas calculavam - ela teria se iniciado por volta de 472 milhões de anos atrás.
O surgimento de plantas capazes de viver na terra é um dos mais importantes marcos na evolução do planeta. As plantas terrestres mudaram o clima da Terra, alteraram o solo e permitiram que todas as outras formas de vida celular se desenvolvessem.
O estudo foi publicado na revista científica New Phytologist. Os fósseis encontrados na Argentina são das chamadas hepáticas, plantas que pertencem à divisão conhecida como Marchantiophyta.
São organismos bastante primitivos, sem caule ou raiz, que teriam evoluído a partir de algas verdes de água doce. A descoberta, segundo os especialistas, reforça teorias de que as hepáticas sejam as ancestrais de todas as plantas terrestres.

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Formas de Vida do Criptozóico até o Fanerozóico


Eon Cripozóico corresponde à era Pré-Cambriana, corresponde a 80% da história geológica da Terra. Divide-se em dois períodos: o Arcaico e o Proterozóico. Período Arcaico: o planeta tinha uma atmosfera rica em CO2, com temperatura superfície de cerca de 1.000 C. Aos a crosta endureceu e ocorreu a formação dos oceanos. Nesse Período após uma chuva de meteoros e teve o surgimento de vida aquática na Terra. Os organismos eram organismos unicelulares, sem membrana nuclear – procariontes –, capazes de sobreviver aos altos níveis de radiação solar existentes na atmosfera sem oxigênio e sem camada do ozônio. Período Proterozóico, os organismos eram unicelulares ou não possuidores de membrana nuclear. Formas de vida simples e invertebradas começaram a aparecer seguindo-se de organismos pluricelulares com células diferenciadas em tecidos e órgãos.
Eon Fariozóico corresponde à chamada explosão câmbriana. Diversas criaturas pluricelulares complexas, como os metazoários, desenvolveram-se principalmente nos mares, evoluindo para os peixes, anfíbios e répteis, e, posteriormente, os primatas e à espécie humana. Invertebrados ancestrais dos aracnídeos e insetos também multiplicaram. O Eon Fanerozóico divide-se em três eras, sendo elas a Era Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica. Era Paleozóica, surgiram na Terra os primeiros peixes, plantas, animais terrestres e anfíbios. Divide-se em seis períodos. Período Câmbriano. Caracterizou-se por uma explosão evolutiva da vida marinha. Período Ordoviciano: A vida era essencialmente marinha: nessa época surgiram os peixes, nas águas doces e algas marinhas.  Uma glaciação matou 55% das espécies. Período Siluviano: caracterizado pelo surgimento das plantas terrestres. Período Devoniano: evolução dos animais aquáticos no período valeu-lhe também o nome de idade dos peixes. A vegetação apareceu às primeiras florestas. No final do Devónico, grande número de invertebrados marinhos desapareceu sem que se conheça o motivo. Período Carbonífero Nesse período os primeiros répteis surgiram e formaram-se grandes florestas em que predominavam os gigantescos grupos de plantas caracterizadas por estarem diferenciadas em raiz, caule e folhas. Período Pérmiano: uma extinção maciça aconteceu na Terra entre o Pérmico e o Triásico, eliminando 90% das criaturas marinhas, 70% das espécies vertebradas terrestres e quase todas as formas vegetais, extinção essa causada pelo impacto de um corpo celeste e atividades vulcânicas.
 Era Mesozóica segunda das três principais eras geológicas da Terra abrangeu os períodos Triásico, Jurássico e Cretáceo.  Período Triásico: os répteis só dominaram os continentes a partir do Triásico, quando a falta de competição provocou uma evolução explosiva da classe. No período surgiram os primeiros dinossauros, de início pequeno e bípede. Período Jurássico: Havia na Terra imensas regiões pantanosas e outras desérticas. Na fauna, predominavam os répteis, entre os quais a espécie mais numerosa era a dos dinossauros. Período Cretáceo: o Cretáceo caracteriza-se pela fauna de dinossauros bizarros, tartarugas e crocodilos, répteis voadores, mamíferos como os marsupiais e primatas e os insectívoros, os triconodontes e os multituberculados.
 Era Cenozóica era geológica que compreende o período Terciário e Quaternário. Nela, a fauna e a flora adquiriram suas formas atuais. Iniciada há aproximadamente 66,4 milhões de anos, estende-se até a atualidade. Nos últimos 50 milhões de anos todos as oscilações da temperatura tiveram como origem a posição do Sol em relação à Terra. Há 3,6 milhões de anos o gelo cresceu no norte e o planeta ficou mais frio. A África secou desaparecendo assim as matas onde viviam os hominídeos, fazendo surgir o gênero Homo adaptado a caminhar nos campos. Há 900 mil anos, o atual padrão de glaciações, de 100 mil anos de duração com intervalos de 8 a 40 mil anos, estabeleceu-se.  Período Terciário: primeiro período da era Cenozóica. Foi a época em que surgiram as montanhas e durante o qual a face do planeta assumiu a sua forma atual. Os movimentos sísmicos, então registrados, provocaram o surgimento das grandes cadeias de montanhas que conhecemos hoje e a cadeia de vulcões. Período Quaternário: marcado pelo aparecimento do homem. Também chamado antropozóico, devido a glaciações registrou-se a movimentação de hominídeos. Homo erectus sai da África. O Quaternário divide-se em Pleistoceno e Holoceno. Pleistoceno: correspondente à parte mais antiga e mais extensa do período quaternário. Caracterizado pelo aparecimento do homem de Java, Heidelberg e de Pequim (conhecidos como Homo erectus Florisbad (África do Sul), da Rodésia (África) e do homem primitivo de Neanderthal (Alemanha), esses conhecidos como Homo sapiens, surgidos entre 150 e 35 mil anos atrás. Outra característica dessa época é a extinção dos grandes mamíferos e as várias glaciações. Holoceno, época atual, abrange os últimos dez mil anos, após as glaciações.

A Imporancia da Paleontologia

A Ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia [nome que deriva do grego palaios (antigo)+ontos (ser)+logos (tratado)].A paleontologia é a ciência que estuda a vida no passado, o seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico, a formação dos fósseis com o objetivo de conhecer a vida do passado sob vários aspectos. Ela auxilia na definição da teia que é a vida do passado, ou seja, quais seres viveram em diferentes períodos geológicos, onde, de que forma e como foram extintos.
A Paleontologia está intimamente ligada à História da Vida e da Terra – tanto no âmbito da Biologia e Evolução, como no da Geologia. Esta ciência é uma matéria complexa que recorre a todas as ciências; ocupando uma posição intermédia entre a Biologia e a Geologia, envolve também vastos conhecimentos de Matemática, Física e Química.
De salientar por fim que se trata de uma ciência histórica, pois investiga e interpreta a sucessão dos acontecimentos relacionados com os seres vivos ao longo dos tempos geológicos.

Quando o Mar Salvou a Humanidade

Pouco após o aparecimento do Homo sapiens, duras condições climáticas quase extinguiram a nossa espécie. Descobertas recentes sugerem que a pequena população que deu origem a todos os seres humanos vivos hoje sobreviveu explorando uma combinação única de recursos ao longo do litoral sul da África
(CURTIS W. MAREAN)
COM A POPULAÇÃO MUNDIAL em torno de 7 bilhões, é difícil imaginar que o Homo sapiens já foi uma espécie em extinção. Mas, estudos de DNA de uma amostragem da população atual indicam que, no passado, nossos ancestrais sofreram um drástico declínio populacional. Embora os cientistas não tenham um cronograma preciso da origem e da quase extinção de nossa espécie, a partir de registros fósseis podemos supor que os nossos antepassados surgiram em toda a África pouco antes de 195 mil anos atrás. Naquela época, com clima ameno e comida abundante, a vida era fácil. Mas pouco depois disso, a vida começou a mudar. Já por volta de 195 mil anos atrás, as condições se deterioraram. O planeta entrou em uma longa fase glacial conhecida como Estágio Isotópico Marinho 6, que se estendeu até cerca de 123 mil anos atrás.
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Uberabatitan ribeiroi: O maior dinossauro brasileiro